Que muito que me esqueçam as tristezas,
Os ais dos que atropela
E esmaga a larga roda portentosa,
Em seu girar convulso?
Que só veja a vitória, e não os mortos?
A Obra majestosa,
E não o chão cavado, revolvido,
Onde tem alicerces?
A pele que a serpente vai largando,
E não as muitas dores!
E esses olhos que se abrem à verdade,
E não os que ela ofusca?
E, posto no convés da bela nave,
Que solta os largos panos,
Em demanda de mundos encobertos,
De misterioso rumo,
E, mergulhando o olhar nos horizontes,
Buscando nova América,
Não ouço os ais saudosos dos que deixam
A pátria, o berço, o ninho?
Nem lembre, agora que a ruína é certa,
(Revendo já na mente
Os palácios-de-fadas, que hão-de erguer-se
De sobre