Odes Modernas - Cap. 1: LIVRO PRIMEIRO – CAPÍTULO I – PANTEÍSMO Pág. 2 / 143

forte e divino,

Aonde quer que irrompa! é belo e augusto,

Quer se equilibre em paz no mudo hino

Dos astros imortais, quer no robusto

Seio do mar tumultuando brade,

Com um furor que se domina a custo;

Quer durma na fatal obscuridade

Da massa inerte, quer na mente humana

Sereno ascenda à luz da liberdade…

É sempre a eterna vida, que dimana

Do centro universal, do foco intenso,

Que ora brilha sem véus, ora se empana…

E sempre o eterno gérmen, que suspenso

No oceano do Ser, em turbilhões

De ardor e luz, evolve, ínfimo e imenso!

Através de mil formas, mil visões,

O universal espírito palpita

Subindo na espiral das criações!

Ó formas! vidas! misteriosa escrita

Do poema indecifrável que na Terra

Faz de sombras e luz





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