Fazem nascer, por entre espinhos bravos,
Flores, a um lado, e ao outro, frutos;
E os novos risos, dos antigos lutos,
E a liberdade, em corações escravos!
Pois, se são operários do futuro,
Semeadores da seara nova,
Que lançam uma ideia em cada cova,
Da dura história sobre o chão escuro;
Se vão na frente, e a bússola que os leva
Para o pólo de Deus se inclina e pende;
Buscando o continente que se estende
Além do sofrimento e além da treva;
Se a cada voz de guerra dizem - basta!
Lançando-se entre os ferros dos irmãos;
E exclamam - ainda! - pondo as mãos,
A cada voz de amor serena e casta;
São os grandes profetas da consciência;
Bíblias que o povo com a mão folheia;
Reveladores santos da Ideia,
Que, em cada hora,