Odes Modernas - Cap. 4: CAPÍTULO IV – PATER Pág. 41 / 143

Os inventores, que, soltando ais,

Deixam das mãos cair obras gigantes;

E riscam templos sobre os céus distantes…

Assentados à porta de hospitais!

Quem a estes lhes deu suas Missões

Foi o alto Messias - sofrimento -

Por que possam o Verbo, o pensamento,

Abaixar sobre a fronte às multidões.

Foi o Espírito, o fogo incandescente,

Que os baptizou ao lume da Ideia,

Por que possam pegar no grão de areia,

E mudá-lo num astro reluzente…

Que eles fazem milagres - desde o espaço

Galgado já e unificada a terra,

’Té aos irmãos, há tanto tempo em guerra,

Que, afinal, já se estreitam num abraço:

Desde a lepra, dos corpos, e os abrolhos,

Dos montes, arrancados… desde as flamas

Tiradas ao trovão… ’té às escamas

Arrancadas aos cegos de seus olhos:

Eles fazem do mundo eucaristia,

Onde vêm ter os povos comunhão;

E, do génio assoprando-lhe o clarão,

Fazem da noite humana imenso dia.





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