Os inventores, que, soltando ais,
Deixam das mãos cair obras gigantes;
E riscam templos sobre os céus distantes…
Assentados à porta de hospitais!
Quem a estes lhes deu suas Missões
Foi o alto Messias - sofrimento -
Por que possam o Verbo, o pensamento,
Abaixar sobre a fronte às multidões.
Foi o Espírito, o fogo incandescente,
Que os baptizou ao lume da Ideia,
Por que possam pegar no grão de areia,
E mudá-lo num astro reluzente…
Que eles fazem milagres - desde o espaço
Galgado já e unificada a terra,
’Té aos irmãos, há tanto tempo em guerra,
Que, afinal, já se estreitam num abraço:
Desde a lepra, dos corpos, e os abrolhos,
Dos montes, arrancados… desde as flamas
Tiradas ao trovão… ’té às escamas
Arrancadas aos cegos de seus olhos:
Eles fazem do mundo eucaristia,
Onde vêm ter os povos comunhão;
E, do génio assoprando-lhe o clarão,
Fazem da noite humana imenso dia.