nas mãos vejo que tenho
Um espírito! o pó tornou-se ideia!
Ó profunda visão! mistério estranho!
Há quem habite ali, e mudo e quedo
Invisível está… sendo tamanho!
Espera a hora de surgir sem medo,
Quando o deus encoberto se revele
Com a palavra do imortal segredo!
Surgir! surgir! - é a ânsia que os impele
A quantos vão na estrada do infinito
Erguendo a pasmosíssima Babel!
Surgir! ser astro e flor! onda e Granito!
Luz e sombra! atracção e pensamento!
Um mesmo nome em tudo está escrito -
................................................................
Eis quanto me ensinou a voz do vento
1865-1874