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Capítulo 11: Capítulo 11

Página 211

A altura em que aquela gente desembarcara era justamente a da preia-mar, e foram percorrer as cercanias para examinar o local em que se encontravam; não se lembraram, contudo, de que, devido à baixa da maré, a chalupa ficaria em seco.

Tinham deixado a guardá-la dois homens que, conforme logo vi, haviam bebido muita aguardente e logo adormeceram. Mesmo assim, um deles acordou mais depressa do que o outro e, encontrando o barco demasiado metido em terra, para conseguir tirá-lo dali sozinho, pôs-se aos gritos para chamar os camaradas, que andavam pelos arredores. Acorreram logo à chalupa mas todos os seus esforços foram baldados para a lançar à água; aliás, era muito pesada e a praia, naquele lado da ilha, tinha uma areia muito macia e lodosa, quase movediça.

Naquela situação, como verdadeiros marinheiros (que são talvez os homens com menos previsão), abandonaram a tarefa e tornaram a percorrer o local. Ouvi então um deles dizer para outro:

- Deixa lá, Jack! A própria maré, quando chegar, há-de acabar por lançá-la ao mar!

Isto confirmou-me a opinião de que aquela gente era constituída por compatriotas meus.

Durante todo este tempo permaneci bem escondido, não me atrevendo a sair do posto de observação no alto da colina, e sumamente satisfeito por ter a minha habitação tão perfeitamente fortificada. Estava seguro de que a chalupa não ficaria em condições de navegar durante, pelo menos, dez horas; que então já seria de noite e que, desse modo, poderia seguir com mais liberdade os seus movimentos e ouvir as suas conversas.

Entretanto, preparei-me para o combate, como anteriormente, embora com mais precauções, sabendo que tinha de pelejar com inimigos diferentes dos primeiros. Ordenei também a Sexta-Feira, de quem fizera um excelente atirador, que arranjasse armas. Eu próprio peguei em duas escopetas e dei-lhe três mosquetes. O meu aspecto era realmente terrível: levava o meu formidável casacão de peles, com o gorro enorme que já mencionei; um sabre nu às costas, duas pistolas à cintura e uma escopeta em cada ombro.

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Capa do livro Robinson Crusoe
Páginas: 241
Página atual: 211

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 30
Capítulo 3 41
Capítulo 4 53
Capítulo 5 63
Capítulo 6 78
Capítulo 7 91
Capítulo 8 112
Capítulo 9 133
Capítulo 10 167
Capítulo 11 197
Capítulo 12 236