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Capítulo 11: Capítulo 11

Página 222

- Sem dúvida - disse-me -, vão fazer uma nova descarga para se fazerem ouvir pelos camaradas; é necessário, pois, deitarmo-nos a eles no momento exacto em que tiverem as armas descarregadas; nessa altura estarão à nossa mercê e poderemos vencê-los sem necessidade de derrame de sangue.

O dito projecto agradou-me sobremaneira, se nos pudéssemos aproximar o suficiente para os surpreender antes de terem tempo de voltar a carregar as armas.

Mas não desfrutámos dessa sorte e permanecemos largo tempo sem saber que medidas tomar. Por fim, disse aos meus companheiros que nada se podia fazer até à noite, e que então, se não voltassem para a chalupa, talvez nos pudéssemos interpor entre eles e a margem do mar, e encontrar algum ardil para atrair a terra os da chalupa.

Aguardámos durante imenso tempo, embora com muita impaciência, receando que se movessem. Depois, vimo-nos grandemente contrariados ao perceber que, apos tanto deliberar, se levantaram todos e se encaminham para o mar. Parecia que, depois da espantosa ideia que haviam formado dos perigos que corriam naquelas paragens, tinham resolvido regressar a bordo dar os companheiros por perdidos e prosseguir a rota com o buque.

Assim que vi que se dirigiam para a margem, adivinhei logo que, com efeito, haviam renunciado a quaisquer pesquisas, e se preparavam para o regresso. Dei parte dos meus pensamentos ao comandante, o qual ficou aterrado; de repente, contudo, ocorreu-me um estratagema para deter aqueles velhacos, que obteve o êxito por mim esperado.

Ordenei a Sexta-Feira e ao imediato do comandante que se encaminhassem para além da pequena enseada, pouco mais ou menos para o local onde desembarcaram os selvagens quando libertei Sexta-Feira; depois, recomendei-lhes que, quando atingissem uma pequena colma, a cerca de meia milha, gritassem o mais forte possível e esperassem até que os marinheiros os ouvissem. Assim que estes tivessem respondido, que regressassem, mas ocultando-se sempre e respondendo aos gritos deles para os atrair ao centro do bosque, fazendo um grande desvio pelo interior da ilha e vindo a reunir-se-nos pelos caminhos que lhes indiquei.

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Capa do livro Robinson Crusoe
Páginas: 241
Página atual: 222

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 30
Capítulo 3 41
Capítulo 4 53
Capítulo 5 63
Capítulo 6 78
Capítulo 7 91
Capítulo 8 112
Capítulo 9 133
Capítulo 10 167
Capítulo 11 197
Capítulo 12 236