Fosse como fosse, quando despertei vi-me aliviado e de espírito calmo. Posto de pé, senti-me mais fortalecido; o estômago mais bem disposto e com vontade de comer; numa palavra, no dia seguinte já não tive qualquer acesso de febre, e encontrava-me muitíssimo melhor. Isto aconteceu em 29 de Junho.
A 30 devia ter um dia muito bom, e saí com a escopeta, sem levar demasiado longe a minha excursão. Matei duas ou três aves marinhas parecidas com patos bravos e levei-as para casa; mas ainda não me atrevia a comer, e contentava-me com alguns ovos de tartaruga, que eram muito gostosos. À tarde tomei uma nova dose da infusão, à qual atribuí o alívio que tinha experimentado, mas não bebi tanta, e abstive-me de mascar tabaco e de empregar a fumigação. Mesmo assim, no dia seguinte, que era 1 de Julho, não me achei tão bem como esperava; senti alguns pequenos calafrios.
2 de Julho. - Voltei a tomar o remédio das três formas como anteriormente mo administrara, mas dobrando a dose da poção.
4 de Julho. - Pela manhã peguei na Bíblia e comecei a ler o Novo Testamento. Dediquei-me formalmente à sua leitura e impus-me o dever de ler de manhã e à tarde um certo número de capítulos, não passando a outros antes de ter fixado bem naqueles a minha atenção. As palavras «invoca-me e eu te livrarei» pareceram-me então que encerravam um sentido que, até àquele momento, não tinha percebido. Antes, não possuía qualquer ideia de outra espécie de liberdade que não fosse a de ser arrancado ao cativeiro, porque embora estivesse num local de grande extensão, não deixava de ser para mim uma prisão, tomando-o no pior sentido da palavra.