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Capítulo 6: Capítulo 6

Página 108
Como era pobre, tinham-no insultado. Nisso consistia o seu credo, do qual não podia, nem queria, desviar-se.

Aproximou-se da mesa, ao mesmo tempo que rasgava a carta em numerosos pedaços. A aspidistra continuava no vaso verde-escuro, em definhamento, patética na sua fealdade doentia.

Quando se sentou, puxou a planta para si e olhou-a com uma expressão meditativa. Havia a intimidade do ódio entre a aspidistra e ele. «Hei-de passar-lhes à frente, suas imundas», murmurou às folhas cobertas de pó.

Em seguida, remexeu entre a papelada, até encontrar uma folha em branco, pegou na caneta e, mais ou menos a meio, escreveu na sua letra miúda e regular:

CARO DORING - Em referência à sua carta, vá-se...

Cordialmente

GORDON COMSTOCK

Dobrou-a, introduziu-a num sobrescrito, endereçou-o e saiu imediatamente para se munir de estampilhas da máquina. Devia expedir a carta nessa noite, pois aquelas coisas tinham um aspecto diferente pela manhã. Por fim, meteu-a no marco postal. Mais um amigo riscado da lista.

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Capa do livro O Vil Metal
Páginas: 257
Página atual: 108

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 2
Capítulo 3 22
Capítulo 4 38
Capítulo 5 66
Capítulo 6 85
Capítulo 7 109
Capítulo 8 129
Capítulo 9 159
Capítulo 10 185
Capítulo 11 212
Capítulo 12 231
Capítulo 13 251