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Capítulo 8: Capítulo 8

Página 154
E agora, o regresso a Willowbed Hoad, com uma semana sem dinheiro à sua frente. Durante oito dias, a menos que ocorresse um milagre, não poderia sequer comprar um cigarro. Que imbecil fora! Rosemary não estava zangada com ele e, através da pressão da mão, tentava tornar bem claro que o amava. O rosto pálido e descontente, semivirado para o lado oposto, o casaco amarrotado e o cabelo desgrenhado cor de rato necessitado de corte urgente enchiam-na de compaixão. Sentia mais ternura por ele do que se tudo tivesse corrido bem, porquanto, à sua maneira feminina, compreendia que era infeliz e tinha uma vida difícil.

- Acompanhas-me a casa? - perguntou, quando se apearam na estação de Paddington.

- Se não te importas de ir a pé. Não tenho dinheiro para transportes, como sabes.

- Mas deixa-me pagar o autocarro. Bem, suponho que é inútil insistir. Como vais depois para a pensão? - A pé, também. Conheço bem o caminho. Aliás, não é muito longe.

- Custa-me imaginar-te a calcorrear toda essa distância. Pareces tão cansado! Vá, deixa-me pagar-te o bilhete. Por favor!

- Não. Já me pagaste mais do que devias.

- És tão pateta, meu Deus!

Detiveram-se à entrada do metropolitano e ele pegou na mão de Rosemary.

- Acho que temos de nos despedir.

- Adeus, Gordon querido. Mil vezes obrigada pelo passeio. Divertimo-nos tanto, de manhã!

- Ah, de manhã! Sim, então era diferente. - O espírito dele recuou às horas matinais, quando percorriam a estrada sós e ainda tinha dinheiro no bolso.

Acudiu-lhe uma profunda sensação de pesar. De um modo geral, comportara-se- de forma pouco satisfatória. Exercendo certa pressão na mão que Rosemary lhe estendia, perguntou:

- Estás zangada comigo.

- Não, tonto. É claro que não.

- Não era minha intenção tratar-te com aspereza. Foi pelo dinheiro. É sempre o dinheiro a causa.

- Deixa lá. Correrá tudo melhor, na próxima vez. Iremos a um lugar mais agradável. A Brighton, para um fim-de-semana, ou outro sítio qualquer.

- Talvez, quando eu tiver dinheiro. Escreves em breve?

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Capa do livro O Vil Metal
Páginas: 257
Página atual: 154

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 2
Capítulo 3 22
Capítulo 4 38
Capítulo 5 66
Capítulo 6 85
Capítulo 7 109
Capítulo 8 129
Capítulo 9 159
Capítulo 10 185
Capítulo 11 212
Capítulo 12 231
Capítulo 13 251