Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 9: Capítulo 9

Página 166
O editor segurou o braço de Gordon e puxou-o para que Rosemary não pudesse ouvir.

- Assentemos numa coisa.

- Em quê?

- Vocês jantam comigo, esta noite.

- Nunca! A despesa corre por minha conta.

- Custa-me vê-lo gastar tanto dinheiro.

- Hoje não se fala de dinheiro.

- Então, pagamos a meias.

- Pago a despesa por inteiro - asseverou Gordon.

Ravelston não insistiu. O empregado italiano anafado, de cabelos brancos, sorria junto da mesa do canto. Mas era em Ravelston e não em Gordon que concentrava a atenção. Gordon sentou-se com a sensação de que necessitava de estabelecer a sua posição sem demora.

Assim, rejeitou com um gesto a lista das diferentes iguarias disponíveis e declarou:

- Primeiro, temos de escolher o que vamos beber.

- Para mim, cerveja - anunciou Ravelston, com uma prontidão quase sinistra. - É a única bebida que me apetece.

- Para mim também - declarou Rosemary.

- Qual história! Vamos tomar vinho. Branco ou tinto? - Gordon virou-se para o empregado. - A lista dos vinhos, por favor.

- Nesse caso, um Bordéus simples. Médoc. St. Julierr ou algo do género.

- Adoro o St. Julien - disse Rosemary, a qual julgava recordar-se de que se tratava de uma bebida pouco dispendiosa.

Gordon amaldiçoava-os intimamente. Ainda a noite era uma criança e eles já se haviam aliado num conluio. Tentavam impedi-lo de gastar o seu dinheiro. Predominaria a hedionda atmosfera de «Não podes pagar isso». o que só contribuía para o estimular a gastar mais. Momentos antes, ter-se-ia resignado com um Borgonha. Agora, porém, decidiu que escolheria algo de realmente dispendioso - algo um pouco gasoso e excitante. Champanhe? Não, eles nunca lhe permitiriam que optasse por semelhante bebida.

- Têm Asti? - perguntou ao empregado.

O interpelado apressou-se a sorrir, ao pensar na sua comissão. Apercebera-se de que o anfitrião era Gordon e não Ravelston, pelo que replicou na peculiar mescla de francês e inglês de que se orgulhava.

- Asti, senhor? Decerto. Muito agradável o Asti Spumanti. Très fin! Très vif!

<< Página Anterior

pág. 166 (Capítulo 9)

Página Seguinte >>

Capa do livro O Vil Metal
Páginas: 257
Página atual: 166

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 2
Capítulo 3 22
Capítulo 4 38
Capítulo 5 66
Capítulo 6 85
Capítulo 7 109
Capítulo 8 129
Capítulo 9 159
Capítulo 10 185
Capítulo 11 212
Capítulo 12 231
Capítulo 13 251