A conclusão da sua visita foi, no entanto, alterada de uma maneira que ela jamais poderia ter imaginado. Depois de passar dois dias inteiros sem ser visto em Uppercross nem dado notícias, o capitão Wentworth reapareceu entre eles para se justificar, contando o que o mantivera afastado.
Chegara-lhe finalmente às mãos uma carta do seu amigo, capitão Harville, dando-lhe notícia de que se encontrava instalado com a família em Lyme, para passar o Inverno, ou seja, de que, sem o saberem, estavam a menos de trinta quilómetros um do outro. O capitão Harville nunca mais gozara de boa saúde desde que tinha sido gravemente ferido, há dois anos, e a grande vontade que o capitão Wentworth tinha de o ver decidira-o a ir imediatamente a Lyme, onde estivera vinte e quatro horas. A sua ausência foi completamente perdoada, a sua amizade calorosamente elogiada, nasceu um vivo interesse pelo seu amigo e a maneira como descreveu a região à volta de Lyme foi escutada tão emocionadamente pelo grupo, que a consequência de tudo isso foi o desejo fervoroso de conhecerem pessoalmente Lyme e um projecto para lá irem.
Os jovens estavam todos entusiasmados com a perspectiva de verem Lyme. O capitão Wentworth falou em lá voltar, ele próprio. Eram apenas vinte e sete quilómetros, partindo de Uppercross, apesar de estarem em Novembro o tempo não estava de modo nenhum mau, e, em resumo, Louisa, que era a mais entusiasta dos entusiastas e tomara a decisão de ir - para já não mencionar que, além do prazer de fazer o que lhe agradava, metera na cabeça que seria meritório levar a sua avante -, deitou por terra todos os desejos do pai e da mãe de que a visita fosse adiada para o Verão. Foi, pois, decidido que iriam a Lyme: Charles, Mary, Anne, Henrietta, Louisa e o capitão Wentworth.