O seu convívio era procuradíssimo. Todos queriam visitá-los. Eles tinham evitado muitas apresentações, e mesmo assim havia gente acerca da qual não sabiam nada que estava sempre a deixar cartões.
Tudo aquilo era motivo de contentamento. Podia Anne admirar-se de o pai e a irmã estarem felizes? Talvez não se admirasse, mas apetecia-lhe suspirar pelo facto de o pai não sentir nenhuma degradação na mudança, não ver nada para lamentar na alienação das obrigações e da dignidade do proprietário de terras residente, encontrar tanto para se envaidecer na pequenez de uma cidade. E não pôde deixar de suspirar, e sorrir, e também de se admirar, quando Elizabeth abriu as portas de dois batentes e passou, exultante, de uma sala de recepção para outra, vangloriando-se das suas dimensões; não pôde deixar de suspirar, e sorrir, e se admirar perante a possibilidade de aquela mulher, que fora senhora de Kellynch-hall, encontrar espaço para se orgulhar entre duas paredes separadas talvez uns dez metros uma da outra.
Mas isso não era tudo o que eles tinham para os tornar felizes.
Havia também Mr. Elliot. Anne foi obrigada a ouvir muito a respeito de Mr. Elliot. Além de lhe terem perdoado, estavam encantados com ele. Estivera em Bath há cerca de quinze dias (passara por Bath em Novembro, a caminho de Londres, quando tivera, evidentemente, conhecimento de que Sir Walter lá estava instalado, embora apenas há vinte e quatro horas, mas não pudera aproveitar-se dessa informação): mas agora estivera duas semanas na cidade, e a primeira coisa que tinha feito, ao chegar, fora deixar o seu cartão em Camden-place, a que se tinham seguido perseverantes diligências para que se encontrassem. E, quando isso aconteceu, mostrou uma tal franqueza de conduta,