Smith, que já ouvira, pelo atalho de uma lavadeira e de um criado, muito mais a respeito do êxito geral e do resultado do serão do que Anne podia relatar - e que perguntava agora em vão vários pormenores acerca da assistência. Mrs. Smith conhecia bem, de nome, todas as pessoas de alguma importância e notoriedade de Bath.
- Deduzo que os pequenos Durand lá estavam - declarou -, de boca aberta para captarem a música: como pardalinhos implumes de bico aberto para serem alimentados. Nunca faltam a um concerto. - Sim, eu não os vi, pessoalmente, mas ouvi Mr. Elliot dizer que eles estavam na sala.
- E os Ibbotson, estavam lá? E as duas novas beldades, com o oficial irlandês alto, que está comprometido com uma delas?
- Não sei. Acho que não.
E a idosa Lady Mary Maclean? Nem preciso de perguntar, sei que ela nunca falta e a Anne deve tê-la visto. Ela deve ter feito parte do seu círculo, pois, como foram com Lady Dalrymple, com certeza estiveram nos lugares reservados para os grandes, à volta da orquestra, claro.
- Não, embora esse tivesse sido o meu receio. Teria sido muito desagradável para mim em todos os aspectos. Mas felizmente Lady Dalrymple prefere sempre ficar mais afastada, e nós ficámos muitíssimo bem colocados - quero dizer, para ouvir; não posso dizer para ver, porque parece que vi muito pouco.
- Oh, viu o suficiente para seu deleite próprio! Eu compreendo. Há uma espécie de prazer interior que se desfruta até mesmo numa multidão, e isso teve-o. Vocês formavam um grande grupo, e a Anne não precisava de mais nada para além dele.
- Mas eu devia ter olhado mais em meu redor - admitiu Anne, consciente, enquanto falava, de que, de facto, não deixara de olhar em redor, o alvo dos seus olhares é que fora deficiente.