Sangue Azul - Cap. 21: 9 Pág. 222 / 287

Ele não se deixará desencaminhar, não será conduzido por outros para a sua ruína.

- Não - concordou Anne -, acredito sem dificuldade em tudo isso a respeito do meu primo. Ele parece ter um temperamento calmo e decidido, nada exposto a influências perigosas. Sinto por ele grande respeito. Não tenho qualquer razão para, baseada em alguma coisa que tenha observado, o não sentir. Mas não o conheço há muito tempo e, penso, ele não é um homem que se possa conhecer intimamente depressa. Esta minha maneira de falar dele não a convence, Mrs. Smith, de que ele não é nada para mim? Estou, com certeza, bastante calma. E dou-lhe a minha palavra de que ele não é nada para mim. Se alguma vez se me declarar (coisa que tenho muito poucos motivos para imaginar que seja intenção sua fazer), não o aceitarei. Asseguro-lhe que não o aceitarei. Asseguro-lhe que Mr. Elliot não teve a participação que tem estado a supor no prazer que porventura eu possa ter experimentado no concerto da noite passada: não foi Mr. Elliot; não é Mr. Elliot que...

Calou-se, fortemente ruborizada, arrependida de ter dito tanto; mas menos não teria, com certeza, sido suficiente. Mrs. Smith não acreditaria facilmente na exclusão de Mr. Elliot, a não ser que tivesse a percepção da existência de outra pessoa. Assim, rendeu-se de imediato, e com toda a aparência de não ter mais dúvidas. E Anne, ansiosa por escapar a mais reparos, sentiu-se impaciente por saber como é que Mrs. Smith podia ter imaginado que ela ia casar com Mr. Elliot, aonde fora ela buscar semelhante ideia ou a quem poderia tê-la ouvido.

- Diga-me, como foi que isso se lhe meteu na cabeça.

- Bem, começou quando descobri que estavam juntos com muita frequência, e achei que era a coisa mais provável do mundo para ser desejada por toda a gente ligada a qualquer dos dois.





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