Sangue Azul - Cap. 21: 9 Pág. 223 / 287

E pode estar certa de que todos os seus conhecidos pensam da mesma maneira, a esse respeito. Mas eu nunca tinha ouvido falar disso até há dois dias.

- E foi realmente falado?

- Reparou na mulher que lhe abriu a porta, quando ontem me visitou?

- Não. Não era Mrs. Speed, como de costume, ou a criada? Não reparei em ninguém em particular.

- Foi a minha amiga, Mrs. Rooke. A enfermeira Rooke, que, por sinal, tinha uma grande curiosidade em vê-la e ficou encantada por estar presente para lhe abrir a porta. Ela veio de Marlborough-buildings no sábado passado, e foi quem me disse que a Anne casaria com Mr. Elliot. Ouviu-o da própria Mrs. Wallis, que não me parece uma má fonte. Passou uma hora comigo na segunda-feira à noite e contou-me a história toda.

- A história toda! - repetiu Anne, rindo. - Acho que não pode ter sido uma história muito longa, baseada numa notícia infundada tão pequena.

Mrs. Smith não disse nada.

- Mas - continuou Anne pouco depois _o, embora não exista verdade alguma quanto a eu ter tais direitos sobre Mr. Elliot, terei muito gosto em ser-lhe útil, de qualquer maneira que esteja ao meu alcance. Deseja que lhe refira que está em Bath? Que lhe leve algum recado?

- Não, obrigada. De maneira nenhuma. No entusiasmo do momento, e induzida por uma impressão errada, poderia talvez ter tentado interessá-la em certas circunstâncias. Mas agora, não. Obrigada, não desejo incomodá-la com coisa nenhuma.

- Disse, suponho, que conheceu Mr. Elliot durante muitos anos?

- Conheci.

- Não antes de ele casar, creio?

- Sim. Ele não era casado quando eu o conheci.

- E... conheciam-se bem?

- Intimamente

- Deveras?! Então diga-me como ele era nessa altura. Sinto uma grande curiosidade em saber como Mr.





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