» Fora usado para depósito de madeira, mas a lenha que estivera espalhada no chão estava agora empilhada ao lado, de modo a deixar um espaço livre no meio. Nesse espaço jazia uma laje enorme e pesada, com uma argola enferrujada no centro com um cachecol amarrado.
«- Por Júpiter!» - gritou Musgrave. «- É o cachecol de Brunton. Eu vi-o com ele, posso jurar. O que estaria o bandido a fazer aqui?»
» Por minha sugestão, foram chamados dois polícias do condado para testemunharem, e então esforcei-me por levantar a pedra, puxando-a pelo cachecol. Apenas podia mexê-la de leve, e foi com o auxílio de um dos polícias que consegui finalmente colocá-la de lado. Um buraco escuro abria-se debaixo dela, pelo qual todos olhámos para o interior, enquanto Musgrave, ajoelhado ao lado, atiçava a lanterna.
» Uma pequena câmara de cerca de sete pés de fundo e quatro de diâmetro ficou escancarada perante nós. Lá dentro, a um dos lados, havia uma caixa de madeira grosseira com guarnições de metal, cuja tampa era engonçada em cima com esta chave curiosa, de tipo antigo, projectando-se da fechadura. Estava coberta por uma espessa camada de pó, e a humidade e o caruncho tinham feito estragos em toda a madeira e uma cultura de fungos vivos ia crescendo do lado de dentro. Diversos discos de metal, moedas aparentemente antigas, tais como as que seguro aqui, estavam espalhadas por todo o fundo da caixa, mas ela não continha mais nada.
» Mas, nessa altura, não pensámos mais na velha caixa, porque os nossos olhos se cravaram no que estava acachapado ao lado dela. Era a figura de um homem vestido de preto, acocorado sobre as nádegas, com a fronte mergulhada na beira da caixa e com os braços estendidos abraçando-lhe ambos os lados.