Parece que o velho Acton tem direito a metade das propriedades do Cunningham e os advogados agarraram-se a isso com as duas mãos.
- Se o ladrão for daqui, não é difícil dar-lhe caça - disse Holmes, com um bocejo. - Ora essa, Watson, não tenciono intrometer-me.
- O inspector Forrester, senhor - anunciou o mordomo, abrindo a porta com ímpeto...
Entrou o oficial, que era jovem, inteligente e de fisionomia viva.
- Bom dia, coronel. Não queria incomodá-lo, mas ouvi dizer que Mr. Holmes, de Baker Streer, está aqui.
O coronel fez um gesto com a mão em direcção ao meu amigo e o inspector fez uma vénia.
- Pensámos que talvez o senhor quisesse intervir.
- O destino está contra si, Watson - disse-me Holmes, rindo. - Estávamos a conversar sobre o assunto quando o senhor entrou, inspector. Talvez nos possa dar alguns pormenores.
Inclinou-se para trás na sua cadeira, na atitude que lhe era familiar, e então percebi que não havia nada a fazer.
- Não tínhamos nenhum indício no caso de Acton. Mas neste temos uma porção deles a seguir, e não há dúvida de que é a mesma quadrilha que visitou ambas as casas. O homem foi visto.
- Ah!
- Sim, senhor. Mas fugiu como um veado depois do tiro que matou o pobre William Kirwan. Mr. Cunningham viu-o da janela do quarto, e Mr. Alec Cunningham viu-o do corredor do fundo. Era um quarto para a meia-noite quando soou o alarme. Mr. Cunningham acabava de se deitar e Mr. Alec, de roupão, fumava uma cachimbada no seu quarto de vestir. Ambos ouviram William, o cocheiro, pedindo socorro. Mr. Alec desceu a correr, para ver o que era. A porta do fundo estava aberta e, quando chegou ao pé da escada, viu dois homens lutando do lado de fora.