Um deles atirou, o outro caiu e o assassino correu através do jardim e pulou a cerca. Mr. Cunningham, olhando pela janela do seu quarto, viu o indivíduo quando este chegava à estrada, mas logo o perdeu de vista. Mr. Alec baixou-se para ver se podia prestar auxílio ao moribundo, e entretanto o bandido fugiu. Além do facto de que era um homem de estatura média e vestido de preto, não temos mais nenhum indício pessoal. Estamos, porém, a fazer inquéritos enérgicos. Se for de fora, descobri-lo-emos rapidamente.
- O que estava William a fazer lá? Disse alguma coisa antes de morrer?
- Nem uma palavra. Morava na casa do guarda, com a sua mãe, e, como era um rapaz muito dedicado, supomos que foi a casa dos patrões com a intenção de ver se tudo estava bem. Como é natural, o caso de Acton pôs toda a gente de sobreaviso. O ladrão acabava de arrombar a porta, pois a fechadura tinha sido forçada, quando William o apanhou.
- William disse alguma coisa à mãe antes de sair?
- Ela é muito velha e surda e não lhe pudemos arrancar nenhuma informação. O choque deixou-a muito abalada. Fui informado entretanto de que ela nunca foi muito lúcida. Há, porém, uma circunstância muito importante. Olhem para isto!
E tirou um pedaço de papel rasgado de uma agenda, que alisou sobre o joelho.
- Isto foi encontrado entre o indicador e o polegar do morto.
Parece um fragmento rasgado de uma página. O senhor verá que a hora aqui mencionada é a mesma a que o pobre rapaz encontrou a morte. Pode supor-se que o assassino lhe apanhou o resto da folha, ou ele ao assassino. Lê-se quase como se se tratasse de uma combinação.
Holmes pegou na tira de papel cujo fac-símile vai aqui reproduzido.