Há uma divisão que é usada como sala matinal em Lachine. Tem a frente para a estrada e abre por meio de uma porta dobradiça de vidro para o relvado. Esse tem trinta jardas de lado a lado, e está separado da estrada apenas por um muro baixo, com grade de ferro. Foi nessa sala que Mrs. Barclay entrou quando regressou. As cortinas não estavam corridas, porque a sala raramente é utilizada à noite. Mrs. Barclay acendeu o candeeiro e tocou a campainha, pedindo a Jane Stewart, uma das criadas, que lhe trouxesse uma chávena de chá, o que era inteiramente contrário aos seus hábitos. O coronel tinha-se sentado na sala de jantar, mas, ouvindo a sua esposa chegar, juntou-se a ela na sala matinal. O cocheiro viu-o atravessar o hall e entrar na sala. E nunca mais foi visto com vida.
»O chá que pedira Mrs. Barclay foi-lhe trazido ao fim de dez minutos. Mas a criada, ao aproximar-se da porta, ficou surpreendida por ouvir as vozes do patrão e da patroa em furiosa altercação. Bateu, sem receber nenhuma resposta, e, girando a maçaneta, verificou que a porta estava trancada por dentro. Naturalmente correu a informar a cozinheira, e as duas mulheres, com o cocheiro, subiram ao hall e ouviram a disputa que ainda durava. Todos estão de acordo em que somente duas vozes se ouviam, a de Barclay e a da esposa. As observações do coronel eram contidas e abruptas, de modo que nenhuma delas era audível. As da senhora, pelo contrário, eram muito ásperas