Ele, que talvez até fosse o procurador da irmã, recusou cumprir o que lhe exigiam. Entretanto, para negociarem com o grego, os dois sócios foram obrigados a contratar um intérprete e procuraram Sr. Melas, tendo antes utilizado outro. Por outro lado, a rapariga não foi informada da chegada do irmão, vindo a descobri-lo por mero acidente.
- Excelente, Watson - exclamou Holmes. - Parece-me que você não está longe da verdade. Vê que temos todas as cartas e só podemos temer algum acto de violência súbito da parte deles. Se nos derem tempo, apanhá-los-emos.
- Mas como poderemos descobrir onde fica a casa?
- Ora, se a nossa conjectura estiver certa, o nome da rapariga é, ou era, Sofia Kratides; não teremos, nesse caso, dificuldade em seguir-lhe a pista. Deve ser essa a nossa principal esperança, porque o irmão é, pela certa, um perfeito estrangeiro, completamente desconhecido. É claro que deve já ter passado algum tempo desde que esse tal Harold estabeleceu relações com a rapariga..., algumas semanas, pelo menos, o tempo suficiente para que o irmão, na Grécia, soubesse e viesse para cá. Se, durante esse tempo, moraram no mesmo sítio, é provável que tenhamos resposta ao anúncio de Mycroft.
Assim conversando, chegámos à nossa casa de Baker Street. Holmes, que subiu a escada à minha frente, deu um grito de surpresa quando abriu a porta. Olhando por cima do seu ombro, fiquei igualmente cheio de espanto. Seu irmão Mycroft já lá estava, a fumar, sentado numa poltrona.
- Entra, Sherlock! Entre, senhor - disse amavelmente, sorrindo das nossas caras pasmadas. - Não esperavas tal energia de mim, não é verdade, Sherlock? Mas este caso atrai-me um bocado.
- Mas como é que vieste?
- Adiantei-me a vocês tomando um carro de praça.