- Que passos deu o senhor?
- Tenho mantido sob vigilância Tangey, o contínuo, mas o homem tem uma boa folha de serviços e nada descobrimos contra ele. Já a mulher é diferente; creio até que sabe mais do que dá a entender.
- Têm-na seguido?
- Pusemos uma das nossas agentes no seu encalço. Ela bebe mas, apesar de a nossa mulher a ter encontrado já por duas vezes completamente bêbeda, não lhe conseguiu arrancar nada.
- Fui informado de que estiveram cobradores lá em casa.
- É verdade, mas foram pagos.
- E donde lhes veio o dinheiro?
- Isso é que não se sabe. Ela tinha uma pensão já vencida e não mostravam, de modo algum, possuírem fundos.
- Que explicação deu a mulher por ter atendido a campainha quando Sr. Phelps pediu o café?
- Disse que o marido estava muito cansado e ela queria ajudá-lo.
- Isso, de certo modo, vai ao encontro do facto de ele ter sido encontrado a dormir mais tarde. Nada há pois contra eles, a não ser o carácter da mulher. Perguntou-lhe porque ia a correr naquela noite, a ponto de o polícia de serviço ter reparado na sua pressa?
- Explicou que estava mais atrasada do que era costume e queria chegar a casa.
- Observou-lhe que o senhor mesmo e Sr. Phelps, que saíram do Ministério vinte minutos depois de ela partir, chegaram lá antes dela?
- Lembrou-nos a diferença que existe entre um autocarro e um carro de praça.
- E explicou por que motivo correu para a cozinha mal chegou a casa?
- Disse que era lá que guardava o dinheiro para os cobradores.
- Bem, pelo menos tem resposta para tudo. Perguntou-lhe se ela, à saída, encontrou alguém ou viu alguém a vadiar na Charles Street?
- Diz que só viu o polícia.