O meu olhar procurava ao longe na planície para saber se não se concretizava uma esperança no horizonte. Mas, como a irmã Ann, não via surgir nada.
- Em breve eles vão aparecer, Massa Malone! Antes de oito dias o índio estará de regresso e trará a corda. Poderão descer.
Tais eram os encorajamentos do excelente Zambo.
Ao regressar da minha segunda visita, uma noite, tive um encontro curioso. Alcançara um local situado a pouco mais ou menos mil e quinhentos metros do pântano dos pterodáctilos, quando avistei um objecto extraordinário que se aproximava de mim: um homem caminhava no interior de um caixote feito de bambus curvos; achava-se literalmente encerrado numa gaiola em forma de sino. Fiquei estupefacto ao reconhecer Lorde John Roxton. Quando me viu, abandonou a sua estranha fortaleza e acercou-se de mim a rir; mas adivinhe que estava vagamente confuso.
- Olha, bebé, quem teria pensado encontrá-lo por aqui?
- Que diabo de ideia é a sua? - perguntei.
- Vou fazer uma visita aos meus amigos, os pterodáctilos.
- Mas porquê?
- Gente interessante, não acha? Mas pouco sociável. Mesmo desagradável para com estrangeiros, se bem se lembra. Então construi este caixote que os impede de me falarem de muito perto.
- Mas de que anda à procura no pântano?
Fitou-me com um olhar vivo e li nele uma certa hesitação.
- Julga que só os professores é que se interessam por certas coisas? - disse por fim. - Estudo estes lindos meninos. Que isto lhe chegue!
