Odes Modernas - Cap. 23: CAPÍTULO XIII - VERSOS ESCRITOS NA MARGEM DE UM MISSAL Pág. 114 / 143

No árido chão da esperança humana

Mais não nasça que a urze da mentira…

Que o mistério da vida a nossos olhos

Se torne dia a dia mais escuro,

E no muro de bronze do Destino

Se quebre a fronte - sem que ceda o muro…

Que o pensamento seja só orgulho,

E a ciência um sarcasmo da verdade,

E nosso coração louco vidente,

E nossas esperanças só vaidade…

E nossa luta, vã! talvez que o seja!

Cego andará o homem cada vez

Que vê no céu um astro! e os passos dele

Errados pelo mundo irão, talvez!

Mas, ó vós que pregais descanso inerte

No seio maternal da ignorância,

E condenais a luta, e dais ao homem

Por seu consolo o dormitar da infância;

Apóstolos da crença… na inércia…

Vós que tendes da Fé o ministério

E sois reveladores,





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