Odes Modernas - Cap. 26: CAPÍTULO XVI – POBRES Pág. 126 / 143

leva não sei onde

Sobre as urzes da terra, borrifadas

Com o orvalho de sangue, ó homens fortes!

Corre mais do que o voo dos espíritos?

Ah! vós vedes o mundo todo baço…

Pálido, estreito e triste… o vosso prisma

Não é vivo cristal, que o brilho aumenta,

É o metal mais denso! e tão escuro,

Que ainda a luz que vê um pobre cego

Luzir-lhe em sua noite, e a fantasia

Em mundos ideais lhe anda acendendo…

Esse sol de quem já não espera dia…

Ah! vós nem tendes essa luz de cegos!

Que! subir tanto… e estar cheio de frio!

Erguer-se… e cada vez trevas maiores!

Homens! que monte é esse que não deixa

Ver a aurora nos céus? qual é a altura

Que vela o sol em vez de ir-lhe ao encontro?

Que asas são essas, com que andais voando,

Que só às nuvens





Os capítulos deste livro