Odes Modernas - Cap. 26: CAPÍTULO XVI – POBRES Pág. 127 / 143

negras vos levantam?

Certo que deve ser o vosso monte

Algum poço bem fundo… ou vossos olhos

Têm então bem estranha catarata!

II

Há às vezes no céu, caindo a tarde,

Certas nuvens que segue o olhar do triste

Vagamente a cismar… há nuvens d’estas

Que o vestem de poesia e de esperança,

E lhe tiram o frio deste inverno

E o enchem de esplendor e majestade…

Mais do que as vossas túnicas de púrpura!

Eu, às vezes, nas naves das igrejas

Lá quando desce a luz e a alma sobe…

E entre as sombras perpassam as saudades…

E no seio de pedra tem o triste

Mil seios maternais… eu tenho visto

Branquejar, nos desvãos da nave obscura,

Como as nuvens da tarde desmaiadas,

Uns brancos véus de linho em frontes belas

De umas pálidas virgens cismadoras,





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