Na escuridão familiar do seu quarto, Gordon tateou à procura do bico de gás e acendeu-o. O aposento tinha dimensões médias, insuficientemente grande para ser separado em dois com cortinas, mas demasiado para que uma lamparina de petróleo deficiente o aquecesse. Continha o tipo' de mobiliário que se podia esperar nas traseiras de um piso do topo. Cama individual com colcha branca, sobrado coberto por linóleo castanho, lavatório com jarro daquele esmalte barato que uma pessoa nunca consegue ver sem pensar em bacios. No peitoril da janela, via-se uma aspidistra doentia num vaso verde vidrado.
Encostada à parede, debaixo da janela, havia uma mesa de cozinha com uma toalha verde manchada de tinta. Era a secretária de «escrever» dele. Só após luta renhida com Mrs. Wisbeach lograra convencê-la a fornecer-lhe uma mesa de cozinha em vez da «ocasional» de bambu - um mero suporte para a aspidistra -, que era considerava apropriada para um quarto do último piso.
E mesma agora havia atritos intermináveis, porque Gordon nunca permitia que lha «arrumassem». Na verdade, achava-se em desordem permanente. Estava quase coberta com uma confusão de papéis, cerca de duzentas folhas de papel de sermão, sujas e de pontas dobradas, todas escritas e repletas de