Sangue Azul - Cap. 7: 7 Pág. 60 / 287

A mesma história e os mesmos arroubos repetiram-se quando as duas raparigas voltaram com o pai, à noitinha, para saberem notícias. E Mr. Musgrove, aliviado agora da primeira inquietação a respeito do seu herdeiro, acrescentou a sua confirmação e louvor, e a esperança de que não surgisse motivo nenhum para adiar a vinda do capitão Wentworth - só lamentava que o grupo do chalé não desejasse, provavelmente, deixar o menino para estar também presente no encontro. «Oh, não, deixar o menino, isso não!» - tanto o pai como a mãe se encontravam ainda sob uma influência tão grande do forte e recente alarme, que não podiam sequer imaginar semelhante possibilidade - e Anne, na alegria de escapar à provação, não pôde deixar de acrescentar os seus calorosos protestos aos deles.

Depois, no entanto, Charles Musgrove mostrou uma certa inclinação em contrário: «O pequeno estava a passar tão bem, e ele desejava tanto ser apresentado ao capitão Wentworth, que talvez pudesse ir juntar-se a eles à noitinha; não jantaria fora de casa, mas poderia ir até lá uma meia hora.» A mulher opôs-se, porém, com um veemente «Oh, não! Francamente, Charles, não suporto que saias. Pensa no que seria se acontecesse alguma coisa!»

A criança passou bem a noite e continuou bem no dia seguinte.

Só o tempo mostraria se a coluna não sofrera nenhum dano, mas Mr. Robinson não encontrou nada que justificasse um acréscimo de alarme, e Charles Musgrove começou, consequentemente, a sentir que não havia necessidade nenhuma de continuar metido em casa. O petiz devia manter-se na cama e ser entretido o mais calmamente possível, mas que podia um pai fazer em semelhantes circunstâncias? Era um caso do exclusivo domínio feminino e seria extremamente absurdo que ele, que não podia ter utilidade nenhuma em casa, lá ficasse fechado.





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