Eurico, o Presbítero - Cap. 13: Capítulo 13 Pág. 104 / 186

— A cavalo! — gritou este, apertando o largo cinto da espada e enfiando no braço a férrea cadeia do franquisque. — Pelágio! se dentro de oito dias não houvermos voltado, ora a Deus por nós, que teremos dormido o nosso último sono, e chora por tua irmã, cujo cativeiro já ninguém, provavelmente, quebrará, senão o anjo da morte. Partamos!

Proferindo estas palavras, o gardingo atravessou rapidamente a caverna e desapareceu nas trevas exteriores: os doze guerreiros escolhidos seguiram-no maquinalmente, porque os seus meneios e gesto os tinham fascinado, ao lembrarem-se de que este homem era o cavaleiro negro. O duque de Cantábria, subjugado também pela espécie de mistério solene que cercava todas as acções deste ente extraordinário, nem ousou perguntar-lhe por que meio intentava salvar Hermengarda. Todavia, uma voz íntima e irresistível lhe dizia: «Resigna-te e confia.» Confiado e resignado esperou, portanto, o cumprimento das promessas do incógnito gardingo.





Os capítulos deste livro