Eurico, o Presbítero - Cap. 17: Capítulo 17 Pág. 157 / 186

Silêncio guardava o cavaleiro: no seu olhar incerto e cintilante descobria-se que lá, naquela alma, tumultuavam paixões violentas e opostas. Não respondeu; nem Pelágio lhe dera para isso tempo.

Crendo ler no seu gesto perturbado a mesma repugnância que tinham mostrado os outros guerreiros em não assistir ao primeiro recontro dos infiéis, o duque de Cantábria atravessou apressado a boca da gruta e desceu a senda tortuosa que conduzia ao fundo do vale. Daí a pouco, sentiu-se o galopar de um cavalo à rédea solta, que se confundiu, por fim, no sussurro longínquo do arraial que se agitava, preparando-se para o temeroso dia que pouco tardaria a nascer.

Eurico estava, enfim, só.





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