Tiver levado com os grãos as flores;
E, soprando nos ermos despovoados,
Semear a seara dos terrores;
Quando, enfim, sobre os sulcos arrasados,
Dormirem com os bois os lavradores;
E só brotar no chão da liberdade -
- Só - a erva da Rússia, a escuridade:
Vós haveis exultar, então, prudentes,
E, sábios, ver o fruto ao vosso ensino!
E aquele velho conto dos dormentes
Tirar sua moral… que é o Destino!
Então abrindo os olhos, ó videntes,
Sobre as cabeças heis-de ver a pino
O cometa dos prósperos futuros…
Da negra Rússia sobre os céus escuros!
E, Diplomatas, heis-de ler as notas
Escritas nas muralhas derrocadas!
E das cidades nas bastilhas rotas
Heis-de ver as razões ali gravadas!
E haveis de ouvir das bocas mudas, botas,