Odes Modernas - Cap. 28: CAPÍTULO XVIII - FLEBUNT EUNTES Pág. 141 / 143

gigantes!

Dormi, à vossa sombra,

Das crenças infantis o sono amigo…

Cobristes-me a inocência!

Houve um tempo em que o céu destes meus olhos

Era o dossel de púrpura!

Em que os brilhantes das coroas régias

Me pareciam astros!

E, agora, vejo as pérolas manchadas!

E está tudo partido!

E há uma voz, que brada a tudo isto:

“Deu a hora; sumi-vos!”

E eles vão - vai-se a árvore gigante…

Mas as raízes dela

’Stavam fundas, e arrancam, levantando-se,

Corações gotejantes!

Ó corações fiéis! filhos da honra!

Vestais do fogo santo!

Eu bem entendo o vosso sacrifício

E o vosso desespero!

Porque é triste, bem triste essa ruína

- Ruína de dez séculos -

E vós tínheis ali a vossa vida,

E todo o vosso sangue!

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