Dormi, à vossa sombra,
Das crenças infantis o sono amigo…
Cobristes-me a inocência!
Houve um tempo em que o céu destes meus olhos
Era o dossel de púrpura!
Em que os brilhantes das coroas régias
Me pareciam astros!
E, agora, vejo as pérolas manchadas!
E está tudo partido!
E há uma voz, que brada a tudo isto:
“Deu a hora; sumi-vos!”
E eles vão - vai-se a árvore gigante…
Mas as raízes dela
’Stavam fundas, e arrancam, levantando-se,
Corações gotejantes!
Ó corações fiéis! filhos da honra!
Vestais do fogo santo!
Eu bem entendo o vosso sacrifício
E o vosso desespero!
Porque é triste, bem triste essa ruína
- Ruína de dez séculos -
E vós tínheis ali a vossa vida,
E todo o vosso sangue!
X