Pelo horizonte! e, além desse horizonte,
Há mil e mil como este!
Se vós tendes
O olhar fito nos pés, aonde a sombra
Em volta de vós mesmos gira apenas,
O que podeis saber desse Universo?!
Não há olhos que contem tantos orbes!
E cada um desses mundos tem mil vidas!
E cada vida tem milhões de afectos,
De paixões, de energias, de desejos!
Cada peito é um céu de mil estrelas!
Cada ser tem mil seres! mil instantes!
E, em cada instante, as criações transformam-se!
E coisas novas a nascerem sempre!
Descei, descei o olhar ao próprio seio!
Como num espelho, esse Universo todo
Reflecte-se lá dentro! é como um caos
Donde, ao fiat ardente da vontade,
Podem surgir as criações aos centos.
Podeis tirar daí a