Misto de podridão, tristeza e sombras,
Se morreu… ressurgiu do seu sepulcro!
Bem o vemos andar, pavonear-se
Entre nós, nos vestidos ilusórios
Da triste morte, arremedando a vida,
Passar - e sobre a fronte desse espectro
Bem se vê uma sombra de tiara
Ou de coroa, ao longe, branquejando!
Mudou de roupa - mas o corpo ainda
É o mesmo… é pior, que cheira à cova!
O castelo feudal tinha raízes
Bem fundas nesse chão: e a árvore heráldica,
Antes que a decepassem, alastrou-se
Subterrânea e botou rebento ao longe…
Se a regou tanto sangue e tanta lágrima!
Tem muita vida ainda a árvore negra…
O velho mundo, a Babilónia antiga,
- Leviatã dos tempos - tem amarras
De ferros colossais que à praia o ligam:
Cada fuzil é um abuso; a âncora
É a inércia das gentes; e é o interesse
A rocha a que se prende.