Odes Modernas - Cap. 12: CAPÍTULO II - SECOL’ SI RINUOVA Pág. 80 / 143

essa larva macilenta,

Misto de podridão, tristeza e sombras,

Se morreu… ressurgiu do seu sepulcro!

Bem o vemos andar, pavonear-se

Entre nós, nos vestidos ilusórios

Da triste morte, arremedando a vida,

Passar - e sobre a fronte desse espectro

Bem se vê uma sombra de tiara

Ou de coroa, ao longe, branquejando!

Mudou de roupa - mas o corpo ainda

É o mesmo… é pior, que cheira à cova!

O castelo feudal tinha raízes

Bem fundas nesse chão: e a árvore heráldica,

Antes que a decepassem, alastrou-se

Subterrânea e botou rebento ao longe…

Se a regou tanto sangue e tanta lágrima!

Tem muita vida ainda a árvore negra…

O velho mundo, a Babilónia antiga,

- Leviatã dos tempos - tem amarras

De ferros colossais que à praia o ligam:

Cada fuzil é um abuso; a âncora

É a inércia das gentes; e é o interesse

A rocha a que se prende.





Os capítulos deste livro