Odes Modernas - Cap. 12: CAPÍTULO II - SECOL’ SI RINUOVA Pág. 82 / 143

das alturas

Trazida para aqui (ou aqui formada);

Raio de luz do eterno santuário

Metido no candil destes Diógenes!

Uma ponta do véu azul do augusto

Cobrindo a fronte cínica do eunuco!

Deus - o segundo termo do dilema

Sempre apontado ao peito, como seta!

Não se poder andar, correr os campos,

Sem que, de um canto escuro, um vulto negro

Nos brade logo “arreda! aqui começa

O domínio do céu - atrás, profano!”

O pensamento livre e iluminado

Metido ao canto dessa jaula negra

De pedra e ferro! o céu sempre na terra!

A tenda do deserto em mil retalhos

Partida! e a onda do mar pulverizada!

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Há de que perguntar porque é que os astros

Se põem a olhar assim com tal carinho





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