Odes Modernas - Cap. 12: CAPÍTULO II - SECOL’ SI RINUOVA Pág. 83 / 143

Para aqui, e temer que o sol, um dia,

Revolvendo o que viu, fuja no espaço

Ou se apague co’as lágrimas choradas…

Porque isto é baço e isto é atroz!

IX

Entanto,

Da História o solo trágico, regado

Com o sangue dos tempos, anda em dores

Concebendo um mistério - porque dentro

Em seu seio, num rego tenebroso,

Não sei que mão deitou uma semente

Escura mas divina, a do Futuro!

X

Há-de crescer até ao céu essa árvore!

Há-de vingar! o bafo, o ar que respira,

É o Desejo do homem, essa eterna

Aspiração, essa atmosfera ardente

Aonde bebe vida quanto há grande,

Quanto de novo e estranho à luz se eleva!

Há-de crescer essa árvore divina!

Porque as raízes dela vão, na sombra,

Buscar a vida às duas largas fontes,

Verdade





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