Para aqui, e temer que o sol, um dia, 
Revolvendo o que viu, fuja no espaço 
Ou se apague co’as lágrimas choradas… 
Porque isto é baço e isto é atroz! 
 
 
IX 
 
Entanto, 
Da História o solo trágico, regado 
Com o sangue dos tempos, anda em dores 
Concebendo um mistério - porque dentro 
Em seu seio, num rego tenebroso, 
Não sei que mão deitou uma semente 
Escura mas divina, a do Futuro! 
 
 
X 
 
Há-de crescer até ao céu essa árvore! 
Há-de vingar! o bafo, o ar que respira, 
É o Desejo do homem, essa eterna 
Aspiração, essa atmosfera ardente 
Aonde bebe vida quanto há grande, 
Quanto de novo e estranho à luz se eleva! 
 
Há-de crescer essa árvore divina! 
Porque as raízes dela vão, na sombra, 
Buscar a vida às duas largas fontes, 
Verdade