Presente na ventura e nas ruínas…
O que se achou no fundo desse vaso
Que se libou na vida… as surdas minas
Por onde o incêndio lavra sem ser visto,
Chame-se embora Garibaldi ou Cristo!
III
Ó Justiça! eu sorrio quando encaro
Os semideuses desta terra ingrata,
Que cheios de vaidade e de descaro
Se julgam feitos de ouro e fina prata…
Sorrio ao ver como em seu trono avaro
Cuidam falar com voz de catarata,
E crêem ser na altura uns Sete-estrelos…
Que eu bem sei que Tu hás-de subvertê-los!
Os Tronos caem sem acharem eco,
E os deuses morrem sem fazer ruído;
É o Ceptro ramo que só fruto peco
Dará, e o Montante de aço buído
Não poda a vinha… deixa tudo seco!
Tudo isto morre e vai-se em pó sumido…
Tronos,