Mas não havia ninguém lá fora. A sala da frente, ao contrário do resto da loja, tinha um aspecto atraente e dispendioso e continha cerca de dois mil volumes, sem contar com os da montra. À direita, havia uma vitrina destinada aos livros para crianças. Gordon desviou os olhos de urna horrível sobrecapa Rackhamesca - crianças travessas empurravam Wendily através de uma clareira de lírios. Volveu o olhar para a porta de vidro. Um tempo detestável, com vento cada vez mais forte. O céu estava plúmbeo e os paralelepípedos da rua escorregadios. Era dia de Santo André, 13 de Novembro. A livraria McKechnie situava-se na esquina, numa espécie de largo sem forma definida para o qual convergiam quatro artérias. À esquerda, na periferia do campo visual da porta, erguia-se um ulmeiro enorme, agora sem folhas, os numerosos ramos entrecruzados numa espécie de rede em contraste com o céu sombrio. No lado oposto, perto do Príncipe de Gales, via-se um tapume coberto de anúncios de produtos alimentares e especialidades farmacêuticas. Uma galeria de cabeças de boneca monstruosas - rostos corados inexpressivos, cheios de ingénuo optimismo, Molho Q. T., Flocos de Pequeno-Almoço Truweet («As crianças choram pelos Flocos Truweet»), Borgonha Canguru, Chocolate Vitamalte, Bovex. De todos, este último era o que mais oprimia Gordon. Um empregado de escritório de óculos e cara de