«Uma obra fora do vulgar»", suplemento literário do Times. «Uma agradável variante da escola Sitwell», Scrutiny.
Coleridqe Grove era uma rua húmida, sombria e silenciosa, um beco-sem-saída e, por conseguinte, desprovida de trânsito. Pairavam sobre ela associações literárias do género errado (constava que Coleridge passara aí seis semanas, no Verão de 1821). Não era possível contemplar as casas decrépitas, antecedidas de pequenos jardins com árvores pesadas, sem sentir uma atmosfera opressiva de «cultura» antiquada. Decerto ainda floresciam Sociedades Browning em algumas delas, e damas de sarja de arte sentavam-se aos pés de poetas extintos para conversarem sobre Swinburne e Walter Pater. Na Primavera, os jardins eram pulverizados com crocos roxos e amarelos e mais tarde com campainhas, para brotarem em pequenos aros Wendy entre a relva anémica. E até as árvores, parecia a Gordon, correspondiam ao ambiente circundante e contorciam-se em caprichosas atitudes Rackhamescas. Era singular que um crítico próspero como Paul Doring vivesse em semelhante lugar. Na realidade, tratava-se de um crítico impressionantemente mau.