Sangue Azul - Cap. 12: 12 Pág. 122 / 287

A notícia iria segui-lo até lá, mas quem lha daria? Eu, não. Teria preferido que me mandassem subir para o lais da verga. Ninguém poderia fazê-lo, a não ser aquele excelente tipo - apontou para o capitão Wentworth. - A Laconia chegara a Plymouth na semana anterior, não existia o perigo de ser mandada de novo para o mar. Quanto ao resto, ele tratou de tudo: assinou o seu pedido de licença para se ausentar, mas, sem esperar pela resposta, viajou noite e dia até chegar a Portsmouth, remou imediatamente para o Grappler e durante uma semana nunca abandonou o pobre rapaz. Foi isso que ele fez, e mais ninguém poderia ter salvo o pobre J ames. Pode imaginar, Miss Elliot, quanto ele nos é querido!

Anne imaginou sem qualquer hesitação, e disse em resposta tanto quanto os seus próprios sentimentos lhe permitiam, ou os dele pareciam capazes de suportar, pois o capitão estava demasiado comovido para reatar o assunto, e quando voltou a falar foi de qualquer coisa completamente diferente.

Mrs. Harville, depois de dar a sua opinião de que o marido teria caminhado o suficiente quando chegasse a casa, decidiu a direcção de todo o grupo no que seria o seu último passeio: acompanhá-los-iam até à sua porta e depois regressariam e partiriam. De acordo com todos os cálculos, o tempo dava à justa para isso. Mas, ao aproximarem-se do Cobb, houve um desejo tão generalizado de caminhar ao longo dele mais uma vez, sentiam-se todos tão inclinados a fazê-lo, e Louisa não tardou a mostrar-se tão determinada, que concluíram que um quarto de hora não faria diferença nenhuma. Por isso, com toda a espécie de despedidas e de troca de convites e promessas possíveis de imaginar, separaram-se do capitão e de Mrs. Harville à porta da casa deles e, ainda acompanhados pelo capitão Benwick, que parecia querer permanecer com eles até ao último momento, prepararam-se para dizer um adeus como devia ser ao Cobb.





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