Procurou mostrar-se serena e, também, ser justa. Sem emular os sentimentos de uma Emma para com o seu Henry, teria mesmo assim, por ele, cuidado de Louisa com um desvelo que suplantaria as exigências comuns da consideração. E esperava que ele não fosse durante muito tempo injusto ao ponto de supor que ela seria capaz de se furtar desnecessariamente aos deveres de amiga.
Entretanto, estava na carruagem. Ele ajudara ambas a subir e sentara-se entre elas - e foi desta maneira, nestas circunstâncias cheias de perplexidade e emoção para Anne, que deixaram Lyme. Como a longa viagem decorreria, como afectaria as suas atitudes, de que modo iriam tratar-se, isso eram coisas que não podia prever. Passou-se, porém, tudo com muita naturalidade. Ele estimava Henrietta, estava constantemente a voltar-se para ela, e nas poucas vezes que falou foi sempre com a intenção de fortalecer as suas esperanças e animar o seu espírito. De uma maneira geral, a sua voz e os seus modos eram estudadamente calmos. Poupar qualquer agitação a Henrietta parecia ser o princípio prevalecente. Apenas uma vez, quando ela lamentava o malfadado e irreflectido último passeio ao Cobb, mortificada por terem tido semelhante pensamento, ele exclamou, parecendo sentir-se completamente descontrolado:
- Não fale nisso, não fale nisso! Oh, Deus, não tivesse eu cedido à insistência dela no momento fatal! Tivesse eu feito o que devia!