Uppercross era uma aldeia de dimensões moderadas, que poucos anos antes correspondera inteiramente ao antigo estilo inglês, com apenas duas casas de aparência superior às dos pequenos proprietários e trabalhadores - a residência do senhor rural, sólida e não modernizada, com os seus muros altos, grandes portões e árvores antigas, e o presbitério, severo e compacto, envolto pelo seu próprio jardim bem cuidado, com uma trepadeira e uma pereira a subirem à volta das janelas. Mas, aquando do casamento do filho do senhor, recebera a melhoria de uma casa de lavoura elevada à categoria de chalé, para sua residência. E o chalé de Uppercross, com a sua varanda, portas-janelas e outros ornamentos, era tão capaz de prender o olhar dos viajantes como o aspecto e o local mais sólidos e eminentes da Casa Grande, cerca de meio quilómetro mais adiante.
Anne estivera lá muitas vezes. Conhecia os costumes de Uppercross tão bem como os de Kellynch. As duas famílias encontravam-se com tanta frequência, estavam tão habituadas a visitar a casa uma da outra a todas as horas, que foi de certo modo uma surpresa para ela encontrar Mary sozinha; mas, estando sozinha, estar indisposta e desanimada era quase uma coisa de se esperar.