Os Pobres - Cap. 9: VIII - Memórias de Luísa Pág. 62 / 158

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Daquela vida idêntica, seca, dura, vinha um dia, quando éramos grandes, arrancar-nos o provedor.

Era um dia solene. Íamos partir. Quem precisasse duma criada que comesse pouco procurava-a no Asilo.

Uma caderneta, papéis, alguns trapos, camisinhas curtas e o discurso do senhor provedor:

– Sustentou-as este Asilo por caridade. Se vivem, devem-no aos benfeitores. Ora agora lembrem-se sempre nas suas orações do bem que lhe fizeram. E na casa que as recebe sejam agradecidas. Tomam-nas por esmola...

E assim, com uma trouxa debaixo do braço.

partíamos para a vida.

Oh! minha mãezinha!»





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