O Mundo Perdido - Cap. 10: Capítulo 10 Pág. 139 / 286

Mas faltava um elo a esta cadeia. E não havia engenho humano que pudesse sugerir-nos um meio de franquear o abismo entre o nosso passado e o nosso presente. Um minuto de vida e toda a nossa existência vira-se transformada!

Foi neste momento que compreendi a têmpera de que eram feitos os meus três camaradas. Estavam com ar grave, é certo,- e pensativos, mas a sua serenidade era invencível. Tudo quanto então podíamos fazer era sentarmo-nos nas silvas e esperar por Zambo. Em breve o seu rosto honesto surgiu no pico.

- Que faço agora? - gritou. - Digam que eu o farei!

Era o tipo de pergunta mais fácil de fazer do que de responder. Uma única coisa estava clara: Zambo permanecia o nosso único elo de ligação com o mundo exterior. Por nada deste mundo devia abandonar-nos!

- Não, não! - exclamou. - Não os abandonarei! Seja o que for que aconteça, encontrar-me-ão sempre aqui. Mas não po.so ficar com os índios. Eles já dizem, vezes de mais, que Curupuri habita aqui e que querem voltar para casa. Não poderei ficar com eles.

- Faça-os esperar até amanhã, Zambo! - berrei. - Para eu poder entregar-lhes uma carta.

- Muito bem, senhor! Fá-los-ei esperar ate amanha, mas, de momento, como posso valer aos senhores?

Havia uma porção de coisas para fazer e este criado devotado fê-las admiravelmente. Primeiro, sob a nossa direcção, desatou a corda que cingia ainda a base da árvore e entregou-nos uma extremidade.





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