O Mundo Perdido - Cap. 11: Capítulo 11 Pág. 146 / 286

Não acho que já o seja. A nossa actuação consiste, pois, em nos escondermos por enquanto e em espiar a região. Temos de poder observar os nossos vizinhos antes de estabelecermos com eles relações mundanas.

- Mas não vamos ficar encerrados no interior deste acampamento! - arrisquei-me eu a dizer.

- Claro, bebé! Sairemos. Mas sem precipitações. Com bom senso. Por exemplo: nunca devemos avançar tão longe que não possamos reintegrar a nossa base. E, acima de tudo, nunca devemos, salvo se a nossa vida estiver em perigo, fazer fogo.

- Mas ontem deu tiros! - interveio Summerlee.

- Sim. Mas não podia proceder de outro modo. E o vento soprava com força na direcção da planície. É pouco verosímil que a detonação tenha sido ouvida numa vasta área do planalto. A propósito: como vamos baptizar este local? Parece-me que é a nós que pertence o direito de dar-lhe um nome.

Foram então apresentadas várias sugestões, mas a de Challenger bateu todas as outras:

- O único nome que convém - disse ele - é o do pioneiro que descobriu esta terra; proponho «Terra de Maple White».

Assim ficou decidido e o nome de Terra de Maple White ficou inscrito no mapa que eu tinha por missão desenhar. Esse nome figurará, acho eu, em todos os mapas de amanhã.

Em resumo, tratava-se de elaborar um plano de penetração científica na Terra de Maple White. Havíamos tido a prova ocular de que este lugar era habitado por algumas criaturas desconhecidas, e o álbum de esboços de Maple White testemunhavam que podiam surgir monstros muito mais terríveis e perigosos.





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