O Mundo Perdido - Cap. 11: Capítulo 11 Pág. 147 / 286

Além disso, estávamos tentados a acreditar que ocupantes humanos xenófobos ali viviam, tendo em conta o esqueleto empalado nos bambus. A nossa situação, já que não tínhamos nenhum meio de nos evadirmos desta terra, era portanto, perigosa, e a nossa razão só podia aquiescer a todas as medidas de segurança propostas por Lorde John. Todavia, era impensável que nos limitássemos a permanecer no limiar deste mundo de mistérios, quando fervíamos de impaciência por arrancar-lhe o segredo.

Atrancávamos, por conseguinte, a entrada do nosso acampamento com grande reforço de silvas espinhosas, e partimos lentamente, prudentemente, a caminho do desconhecido, seguindo o curso de um pequeno ribeiro cuja água provinha da nossa nascente e que poderia guiar-nos no caminho de regresso.

Mal tínhamos começado a marcha logo se nos depararam sinais de precursores das maravilhas que nos aguardavam.

Progredimos durante algumas centenas de metros numa floresta espessa que continha árvores completamente novas para mim e que o botanista do nosso grupo, Summerlee, identificou como coníferas e plantas cicadales desde à muito desaparecidas do nosso mundo. Depois penetrámos numa região onde o ribeiro se transformava num grande pântano. Caniços elevados de um tipo especial formavam uma cortina espessa à nossa frente; ouvi afirmar que se tratava de equisseto, ou cauda de égua; fetos arborescentes dispersos também cresciam ali.





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