O Mundo Perdido - Cap. 12: Capítulo 12 Pág. 170 / 286

Observando quais aqueles que os pássaros debicavam, evitávamos qualquer tipo de envenenamento e a nossa apanha enriqueceu as provisões com uma variedade deliciosa. Na selva que atravessávamos havia numerosas pistas abertas por animais selvagens; nos pântanos detectámos uma quantidade de marcas estranhas, incluindo as dos iguanodontes. Uma vez num bosquete, tivemos o prazer de contemplar diversos destes enormes animais a pastar; Lorde John, graças ao binóculo, informou-nos de que também eles estavam manchados com alcatrão mineral, mas noutro sítio. Fomos incapazes de imaginar o significado deste fenómeno.

Vimos animais pequenos, tais como porcos-espinhos, um formigueiro escamoso, um porco selvagem de cor de pega com presas recurvas. Através de uma brecha nas árvores, avistámos o talude verdejante de uma colina longínqua, sobre a qual galopava um animal de bom tamanho e de cor castanha escura. Passou tão depressa que não pudemos identificá-lo. Se fosse um veado, como nos afirmou Lorde John, devia ser tão grande como aqueles enormes alces irlandeses de que se encontram, de vez em quando, fósseis nas cavidades pantanosas da minha terra natal.

Desde a misteriosa visita recebida pelo acampamento, nunca lá regressávamos sem algumas inquietações. Todavia, nessa noite não encontrámos nenhuma desordem. Encetámos um grande debate acerca da nossa situação e dos projectos futuros, cujas grandes linhas devo traçar, pois conduziram a uma nova partida que nos permitiu completar a nossa informação sobre a Terra de Maple White em menos tempo do que teríamos necessitado se quiséssemos explorar tudo.





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