Eurico, o Presbítero - Cap. 20: Capítulo 20 Pág. 184 / 186

Ao longo da efípia. «A efípia era uma espécie de sela de lã que os Godos haviam imitado da cavalaria romana.»

Debaixo das pancadas dos manguais. «As armas deles (dos berberes e árabes africanos) quase se limitam a paus compridos a que se prendem pequenos toros atados pelo meio, que no combate descarregam sobre os inimigos com ambas as mãos. Alkhathib, «Pleni- Lunii Splendor», em Casiri, T. 2, pág. 258.»

Os xeiques. «Como a palavra latina senior (o mais velho) veio a significar no latim bárbaro e no romance ou línguas vulgares das nações modernas o principal, o senhor, assim a palavra árabe cheik, chek, xeque, isto é, o ancião, tomou entre os Sarracenos a significação de senhor ou chefe de uma tribo.»

As súplicas do velho bucelário. «No Império Godo os bucelários vinham a ser o mesmo que os clientes dos Romanos, homens livres adictos às famílias poderosas, por quem eram patrocinados e, talvez, sustentados, se, como pretende Masdeu e o seu, nesta parte, quase tradutor Romey, o nome buccellarius lhes provinha de buccella (migalha de pão). O «Código Visigótico (Liv. 5, Tit. 3.°) estabelece os deveres e relações destes homens com seus amos e patronos. A obrigação mais importante do bucelário parece ter consistido no serviço militar: Si ei... arma dederit. E por isso que se me afigura mais provável a etimologia que a semelhante denominação atribui com preferência o erudito Canciani («Barbar. Leg. Ant.», vol. 4, pág. 117) derivando-a da palavra escandinava buklar (o escudo), transformada no idioma germânico em bukel e nas línguas modernas em bukler, bouclier, broquel. Neste caso bucelário corresponderia ao armígero ou escudeiro dos séculos XII e XIII, que, significando na sua origem o que trazia as armas ou o escudo do seu senhor ou amo, veio a tomar-se por um homem de armas de certa distinção, a quem, todavia, faltava o grau de cavaleiro.»





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