Calpe ou Jábal Táriq. «Os Árabes, tendo desembarcado nas costas de Espanha, e vendo que a montanha do Calpe era um lugar grandemente defensável, fortificaram-se aí, porventura enquanto esperavam o resto do exército que passava de África. A montanha recebeu então o nome de Jábal Táriq (Monte de Tárique) e, também, o de Jábal Fetah (Monte da Entrada). Da palavra Jábal Táriq se formou depois a de Gibraltar.»
Os crentes do Islame. «Islam em árabe, o islamismo ou religião do Alcorão. Significa, propriamente, esta palavra resignação; resignação em Deus.»
Alguns esculcas. «Esculcas eram, nos tempos bárbaros, chamadas as rondas ou sentinelas nocturnas dos arraiais. Esta palavra encontra-se nos escritores do VI século e dos seguintes, como em S. Gregório Magno: sculcas quos mittitis solicite requirant («Epist.», 12-23). A forma pura do vocábulo, exculcatores, aparece já em Vegécio; depois por abreviatura exculcae e sculcae. Esculcas são contrapostos aos atalaias nas leis das «Partidas», P. 2, Tit. 26, onde estes significam guardas de dia.»
«Os romanos!» — e a turba repetiu: «Os romanos!» «Os Árabes designavam os cristãos, ou, antes, em geral, qualquer europeu pelo nome de Al-Rum, o Romano, quer fosse grego, franco ou espanhol. Aqueles mesmos que abraçavam o islamismo conservavam este apelido. Tal era o amir ou general da cavalaria Mugueiz, um dos mais famosos companheiros de Táriq. Quando, em especial, os pretendiam designar, não pela diferença de raça, mas pela de crença, denominavam-nos Nassrani (Nazarenos).»
O grito de «Allah hu Acbar»! «Deus só é grande! era para os Árabes a voz de acometer, como, depois, foi para os cristãos o grito de Sant'Iago!»