O Mundo Perdido - Cap. 6: Capítulo 6 Pág. 68 / 286

O Professor Challenger disse então:

- Garanto-lhas que fornecerei todos os meios para a descoberta do vosso caminho. E, porém, justo que, visto Mr. Summerlee ir verificar as minhas declarações, outras pessoas o acompanhem, nem que seja só para controlo da sua verificação. Não lhes esconderei que encontrarão dificuldades e perigos. Mr. Summerlee teria necessidade de um companheiro mais jovem. Posso perguntar se há voluntários?

E assim que se desencadeia na vida de um homem uma crise capital. Teria eu podido imaginar, quando entrei nesta sala que ia lançar-me numa aventura que nem os meus sonhos haviam considerado? Mas Gladys... não estava ali a ocasião, a sorte de que ela me falara? Gladys ter-me-ia dito que partisse. Levantei-me. Pus-me a berrar o meu nome. Tarp Henry, o meu camarada, puxava-me pela aba do casaco e ouvia-o murmurar-me: «Sente-se, Malone! Não se comporte publicamente como um burro!» Mas ao mesmo tempo notei que, algumas filas à minha frente, se tinha levantado alguém: alto, magro, com cabelos ruivos escuros. Voltou-se para me lançar um olhar furioso, mas não cedi.

- Sou voluntário, senhor Presidente! Sou voluntário.... - Repeti até me fazer ouvir.

- O nome! O nome! - disse cadenciadamente a assistência.

- Chamo-me Eduard Dunn Malone. Sou jornalista na Daily Gazette. Juro que serei uma testemunha absolutamente imparcial.

- Como se chama o senhor? - perguntou o Presidente ao meu rival.

-- Sou Lorde John Roxton. Já subi o Amazonas, conheço a região. Para este inquérito possuo títulos particulares.





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